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ROBERT BADEN POWELL E AS FUNÇÕES PEDAGÓGICAS DO ESCOTISMO

O inglês Powell começou a “inventar” o escotismo no ano de 1884, sendo considerado patrono de praticamente todos as entidades do mundo desde então. Seu modelo e experiência serviram de inspiração para a disseminação do escotismo em todo o planeta. O primeiro campo escoteiro surgiria, entretanto, apenas em 1907 em Brown Islands, condado de Dorset.

Para o autor, a invenção de Powell fora a criação da raça humana mais importante “nos últimos cem anos”. Atuando como força complementar de educação cívica para a mocidade, o “invento” de Powell aplicou um método pedagógico, cujo princípio primordial consistia em aplicar caráter antes da disciplina militar para seus comandados no Exército britânico em fins do século XIX.

Sua metodologia de ensino consistia em corrigir os rumos da civilização industrial, “desvirtuadora” de valores morais dos outros tempos. O excesso de urbanização e inchaço das grandes cidades desconstruía os valores essenciais e a proposta de Powell estabelecia um retorno aos princípios elementares da humanidade.

Sua obra pioneira “Aids for Scouting” de 1902 escrita para os soldados fora adaptado para as escolas públicas britânicas. Muito dos males das sociedades europeias da época foram compreendidos como males universais e o movimento se disseminou pelo mundo.

O processo de construção de moralidade resulta de um encontro de várias vertentes culturais, biológicas e sociais, cujo motor principal é o instinto. Os vícios morais como o egoísmo e o altruísmo também tem relação com uma ordem social “viciada”.

Esse trabalho de “psicologia da moral” feito por Powell possui elementos biológicos determinantes como higiene, nutrição e sexualidade. Até mesmo as condições climáticas interferem na formação da moral pessoal. O autor associa os vícios humanos como frutos da ausência de desenvolvimento físico e intelectual desde a infância.

Powell associa em diversos momentos o êxito da educação com valores morais e a melhoria da condição humana. Sem os pré-requisitos de condições biológicas, dificilmente, o processo pedagógico teria sucesso no longo prazo.

A publicação de sua segunda obra, “Scouting for Boys” de 1908 fora um sucesso estrondoso de vendas na Inglaterra, sendo responsável pelo expressivo aumento de escoteiros no Reino Unido: de 30 mil para 180 mil apenas entre 1911 e 1913.

O escotismo é chamado de “cultura superior” pelo tradutor, pois privilegia muito mais o bem coletivo do que os desejos individuais. São os defeitos nacionais que inserem o jovem numa visão pequena de mundo, muito ao ligado materialismo e às coisas supérfluas.

O planejamento das aulas teóricas e práticas é um componente essencial para a pedagogia do escotismo. Powell trata da psicologia do jovem ingressante como essencial ao conhecimento do instrutor, para que o mesmo entenda o funcionamento da mente do jovem escoteiro e compreenda suas aspirações.

A atuação dos instrutores ganha bastante força em relação à construção do caráter e à questões como saúde e desenvolvimento físico. A organização das atividades é condição sine qua non para o bom andamento dos trabalhos do escotismo.

A necessidade de escrever as atividades em um diário, por meio de fichas, é recomendado por Baden Powell. Entre outros conselhos, consta a necessidade de disciplina pessoal do guia como um modelo de conduta para o seu próprio grupo.

Em linhas gerais, Powell ressalta a importância da educação cívico-moral para a juventude de sua pátria. Sem um mínimo desses valores, as relações humanas se tornariam inerentemente anárquicas, sem qualquer tipo de regulação.

A solidariedade só pode ser praticada em uma sociedade com senso rígido de hierarquia e deveres. No entanto, essas noções meramente dadas não contribuem sozinhas com um todo, mas com a consciência coletiva do que cada uma delas significa, elas podem ser maximizadas e gerar efeitos duradouros.

A “satisfação do dever cumprido” é compreendido como um dos momentos mais supremos do ser humano. O sacrifício também se insere nas noções de homem virtuoso e consciente de suas obrigações.

A autoridade entretanto faz parte de qualquer relação social. A imposição de normas e regras não isenta a responsabilidade moral e ética nem do chefe e nem de seus subordinados. A disciplina é importante, porém deve ser praticada com responsabilidade.

 RAFAEL MACEDO DA ROCHA SANTOS é Doutorando em História Comparada (PPGHC – UFRJ) e é reconhecido como especialista em obras raras do escotismo pelo Centro Cultural do Movimento Escoteiro.

 

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