Renovação de Tradições e Futuro para os Escoteiros do Mar na Ilha do Governador
Por: Xyko Ferreira
No último sábado (15/3), ocorreu a inauguração da BANOR – Base Noroeste dos Escoteiros do Mar. Compareceram ao evento o Chefe André Torricelli, Coordenador Regional dos Escoteiros do Mar do Rio de Janeiro, Chefe André Leonardo, Diretor Presidente da Região Escoteira do Rio de Janeiro e representantes de vários grupos escoteiros do Rio de Janeiro. Também esteve presente o Capitão de Mar e Guerra Renato Vieira Melgaço, representando o comando do 1º Distrito Naval.
Em entrevista, o Capitão Melgaço nos disse que a Marinha do Brasil tradicionalmente apoia as atividades do dos escoteiros do mar. “Para nós é um privilégio poder contribuir com a formação das crianças nessa idade de formação e principalmente expandir o conhecimento deles desde cedo. A reinauguração dessa base, como um ponto de reparo das embarcações dos escoteiros do mar, realmente vai ser muito importante para que os jovens do Movimento Escoteiro tenham as embarcações adequadas, apropriadas e em boas condições para conduzirem suas atividades.”
Um pouco de história
A antiga Federação Brasileira dos Escoteiros do Mar, uma das fundadoras da União dos Escoteiros do Brasil em 1924, deixou um legado importante com suas Bases Navais espalhadas por todo o Brasil. Na Baía de Guanabara, destacam-se a BOR (Base Oeste Rio), a BL (Base Leste) e a BANOR (Base Noroeste), além de outras instalações na Ilha de Paquetá, Galeão e Itacuruçá.
Erguida na década de 70, o 71º Grupo Escoteiro Almirante Waldemar Motta, fundado em 1957, passou a abrigar a BANOR. A base foi essencial para a continuidade dos Escoteiros do Mar após o fechamento da BOR, que perdeu o acesso direto ao mar devido à ampliação da Avenida Brasil. Com a desativação da BOR, a BANOR tornou-se o novo ponto de referência para as atividades dos Escoteiros do Mar, especialmente no que diz respeito à manutenção e reparo das embarcações.
Segundo o Chefe André Torricelli, Coordenador Regional dos Escoteiros do Mar do Rio de janeiro, “A BANOR não será apenas um centro de manutenção, mas também um local de aprendizado estando equipado com os recursos necessários, que servirá para que os jovens escoteiros aprimorem suas habilidades em carpintaria naval e cuidem das embarcações, preservando a tradição escoteira.”
O atual diretor presidente e também chefe da tropa escoteira do 71º Grupo Escoteiro Almirante Waldemar Motta, Glaubson Nascimento, esta é uma volta às origens, “a Base também é a nossa Sede, e dará oportunidade de reencontrar nosso caminho com as atividades náuticas, com a modalidade do mar fazendo atividades próximo à praia”, disse ele emocionado. E continuou dizendo que essa será uma grande oportunidade de uma amigagrande troca de experiências, já que venho da modalidade básica e tenho um pouco conhecimento da modalidade do mar, nos contou o chefe. E terminou dizendo que “além de oferecer suporte estrutural, a BANOR irá desempenhar um papel fundamental na formação de jovens, proporcionando aprendizado prático sobre reparos navais que será de grande valia para os jovens atendidos pelo grupo escoteiro.
A BANOR foi mantida sob a gestão do CONAMAR (Coordenador Nacional dos Escoteiros do Mar) e do grupo local. Com o retorno das atividades após a pandemia, a base passou por um processo de revitalização. Em 2024, a Assembleia Regional dos Escoteiros do Rio de Janeiro aprovou um investimento para garantir a reativação plena da base.
“O objetivo do projeto de revitalização e reinauguração da base, é proporcionar melhores condições para os grupos de Escoteiros do Mar e contribuir para o desenvolvimento de jovens em sua jornada escoteira, assim a BANOR, com o apoio qda Região Escoteira do Rio de Janeiro, do CONAMAR e do 71º GEMAR, está cada vez mais focada em atender às ánecessidades de crianças, jovens e adolescentes de forma eficiente e estruturada.” Afirmou o Diretor Presidente da Região Escoteira do Rio de Janeiro, André Leonardo.
1º Torneio Moacyr Nepomuceno promove integração e aprendizado para escoteiros do mar
A reinauguração da BANOR também serviu de palco para 1º Torneio Moacyr Nepomuceno. O evento teve como principal objetivo homenagear o Chefe Moacyr Nepomuceno (1924-1988), professor de educação física, náutica e escotista, que dedicou parte de sua vida ao ensino da navegação marítima para jovens do 71º Grupo Escoteiro do Mar Almirante Waldemar Motta, nos anos 1980.
O evento também contou com a presença das netas do Chefe Moacir: Mônica Nepomuceno e Patrícia Nepomuceno, relembraram de quando eram crianças e participaram de muitas atividades junto ao seu avô na década de 80, e se emocionaram muito quando o grupo foi presenteado com uma embarcação da Classe Dingue (pequeno veleiro monotipo), entregue pelo COREMAR e pela Região Escoteira do Rio de Janeiro, que leva o nome “Moacyr Nepomuceno”.
Divididos por Ramos, os jovens tiveram a oportunidade de demonstrar conhecimentos habilidades adquiridas no Movimento Escoteiro, além de fortalecer laços de amizade em um ambiente de colaboração e desafios.
As atividades foram organizadas com seis bases temáticas: Retinida, Carta Prego e História do Escotismo, Corrida dos Nós, Azimute e Contra-azimute, Primeiros Socorros e Frases de Marinharia.
O evento foi uma oportunidade única para os escoteiros do mar vivenciarem experiências práticas fundamentais para sua formação, aliando desenvolvimento físico, intelectual e social. Além disso, reforça a importância da história e tradição do escotismo marítimo no Brasil, resgatando os ensinamentos deixados pelo Chefe Moacyr Nepomuceno.
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