Quem inventou o aplauso?
Ninguém sabe ao certo. De acordo com uma das teorias mais bizarras, ele teria surgido entre os homens das cavernas como forma de comemorar caçadas bem-sucedidas. A princípio, nossos antepassados celebrariam o banquete dando cabeçadas uns nos outros, até que, finalmente, algum sujeito cansado dos galos na cabeça sugeriu a troca da dolorosa celebração. A versão mais plausível, contudo, aponta que o surgimento do aplauso, ocorrido há cerca de três mil anos, teria conotação religiosa: seria o instrumento usado por membros de tribos pagãs para chamar a atenção dos deuses nos rituais. Mais tarde, na Grécia antiga, a plateia de espetáculos teatrais passou a usar as palmas para invocar os espíritos protetores das artes. Já no Império Romano, o gesto começou a ser utilizado também como sinal de aprovação a autoridades que faziam aparições públicas.
Pensemos agora que estamos no século XXI. Os escoteiros não ficam sem eles. Nos fogos de conselhos as enquetes são as preferidas de todos. Patrulhas se preparam se enfeitam, e sempre tem aquela que mais se sobressai, tem mais tempo de escotismo e dominam com facilidade a arte da interpretação. Mas em qualquer Fogo de Conselho não pode faltar os aplausos e os gritos. São eles que dominam as apresentações, pois ali não se usa as palmas comuns. Existem centenas delas. Têm Grupos Escoteiros, tropas e alcateias que os escoteiros e lobos fazem questão de criar a sua. É comum conhecer a Alcatéia, Tropa ou grupo só pelos aplausos. Mas vamos a eles. Desculpem se já conhecem todos, a intenção é ajudar aos novos ao mesmo tempo incentivar para que cada sessão crie o seu, e que também nos fogos de conselho tenham a mão todos que puderem dar para aplaudir aos que merecem ou não serem aplaudidos.
A Pólvora Negra:
Cada escoteiro finge ter em suas mãos um mosquete. Calmamente, seguindo silenciosamente os movimentos do Animador, deitam a pólvora com cuidado para dentro do cano, calcam-na várias vezes, erguem o mosquete ao ombro, apontam para o céu e aguardam a ordem do animador. Este diz: “Prontos? Fogo!” e todos gritam “BANG!”, ao mesmo tempo em que fingem o impacto do disparo da arma no ombro.
Foguetão:
Começa a contagem decrescente de 6 para 1, e a cada número vai-se dobrando cada vez mais os joelhos até ficar na posição de cócoras. No fim da contagem, saltam para o ar gritando “VROUMM!…”.
Arco e Flecha:
Os escoteiros seguem silenciosamente os movimentos do Animador, tirando calmamente uma seta da aljava atrás das costas, colocam-na na corda do arco, esticam-no e disparam a seta dizendo “PFFFTT”.
O Ornitólogo:
Este aplauso começa com o animador (ou outro escoteiro qualquer que queira iniciar o Grito) a gritar “Olha ó passarinho!”. Todos os escoteiros colocam as mãos debaixo dos sovacos e agitam os braços como as asas de uma ave, enquanto imitam o som de uma ave à sua escolha (águia, Peru, galinha, pardal, canário, cuco, rola, pato, etc.) três vezes seguida.
Riso Enlatado:
O animador mostra uma lata com tampa. De cada vez que ele abrir a tampa todos riem a bandeiras despregadas. Assim que ele fechar a tampa todos se calam. O animador pode repetir isto algumas vezes, tentando enganar o público com movimentos falsos. Podem-se estabelecer níveis de gargalhadas.
O trem:
O animador começa batendo no peito devagar. Todos acompanham fazendo o mesmo. Aos poucos vai aumentando, aumentando até que o som de um trem em movimento aparece e todos gritam: Anrê!
Bravôo:
O animador grita para todos bem alto: Ah Ah! Todos repetem o mesmo. O animador sem parar grita novamente Hu Hu! E todos repetem. E por último grita Hô Hô! E encerra com todos gritando alto: Bravôo!
A cobra:
Todos em pé, um atrás do outro, o animador à frente levando a fila em volta do fogo fazendo zig zag e todos imitando e sibilando baixinho (shhhihhs) e aumentando até que todos param e gritam: Caça livre lobos de Seeonee!
Um dedinho:
Começa com o animador gritando: merece um dedinho? E todos batem o dedinho de uma mão à outra. Ele logo diz: Quem sabe dois dedinhos? E ele vai aumento para três para quatro até que no final ele grita: A mão toda! E uma salva de palma ecoa para saudar a apresentação.
Grito da Selva (para Lobinhos):
Chefe – RIP – Todos – Rip Rip Rip.
Alá ip? – Á Lup
Alá Áki – Bain kain
Há há
Chefe – Lombo de Balu
Todos – Aúúú
Chefe – Pele de Chery-Khan
Todos – Âne…
Chefe – Bigodes de Bagueera
Todos – Ih…
Chefe – dentes de Aquelá
Todos – Ah…
Chefe – RIP… E no final todos gritam Lobo!
Espero que o próximo fogo de conselho seja aquele que sempre foi: – Amigo, alegre, espetacular e todos no final de mãos entrelaçadas cantando: – Bem cedo junto ao fogo tornaremos a nos ver!
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