Nesse último sábado, dia 08 de agosto 2015, participei das atividades da alcatéia II que sou assistente do 107MG Grupo Escoteiro Coronel Vicente Torres Júnior, em Belo Horizonte – MG.
Era um sábado véspera de dia dos pais, e nossa atividade teve como tema as lições de vida da história de “Kotick, a foca branca”. Essa história traz valores que se refere a solidariedade, amizade e fraternidade. Tínhamos cerca de 22 crianças na seção, e além de mim, tínhamos outras 2 voluntárias, escotistas na seção, a responsável (Akelá) e outra assistente (Kotick), sendo eu, o “Baloo” da alcatéia.
Nossa atividade corria tudo bem, até que ambas as escotistas que acompanhavam-me tiveram que se ausentar para retornarem mais cedo para casa para compromissos particulares avisados previamente, assim, vi que teria que terminar a atividade de sede da nossa alcatéia sozinho com 22 lobinhos. Faltava cerca de 1 hora e meia para o término das atividades do dia na sede do Grupo Escoteiro.
Meus amigos, não foi fácil, mas, ainda deu tempo para um jogo de revezamento e um pequeno trabalho manual acerca de espiritualidade onde relacionei com os dias dos pais, que serviu de lembrança para as crianças presentearem seus pais no domingo.
Tive uma ajuda, muito grata de uma mãe de uma das crianças, que realmente se dedicou com muita prestatividade para essa uma hora e meia que estive sozinho com os lobinhos da nossa alcatéia. Com muita dedicação, atenção com as crianças, conseguimos terminar as atividades até o arriamento, o grande uivo final e o caça livre.
Ao chegar em casa, refleti bastante o ocorrido. E de fato, vivenciei o que encontramos em relatos, em eventos de formação, em visitas a grupos escoteiros, o que muitos voluntários do Escotismo, Brasil afora, vivenciam: Lidar sozinhos, ou com poucos voluntários, e assim proporcionarem uma atividade escoteira atrativa para os jovens de suas seções.
Realmente o desafio é muito grande! Por isso, acredito muito no potencial de boa vontade do voluntário no Escotismo. Pois, acima de tudo, a boa vontade e a paciência devem prevalecer, assim como, aquele sentimento que o seu melhor possível desempenhando a função, com certeza, será significativo para aquele momento, e para a vida daquelas crianças.
Com essa experiência, resolvi relatar por escrito o ocorrido, para registrar essa experiência, e para homenagear a todos voluntários no movimento escoteiro que não somente por uma hora e meia, mas todos os sábados, ou domingos, em suas sedes, desdobram-se na ausência de voluntários, sendo o escotista solitário, ou com poucos assistentes, desempenhando uma brilhante função, buscando a sua formação contínua, e realmente desempenhando seu papel em servir aos Escoteiros do Brasil.
Com certeza, esses escotistas serão lembrados na vida dessas crianças, como alguém que se dedicou, e acreditou, para que elas sejam protagonistas de um mundo melhor!
Aprender sempre, e Sempre Alerta!
PAULO HENRIQUE MACIEL BARBOSA, É conselheiro nacional da União dos Escoteiros do Brasil, Diretor de cursos de formação (DCB), Escotista de Ramo Lobinho do 107MG Grupo Escoteiro Coronel Vicente Torres Júnior – Belo Horizonte MG. [email protected]
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