Carlos Borba nasceu no Rio de Janeiro a 30 de novembro de 1921 e passou a frequentar a tropa Araribóia em 1931, aos 10 anos, tropa que tinha sede na garagem de sua casa no bairro da tijuca. Seu pai, Bonifácio Borba, era Chefe na Federação Brasileira dos Escoteiros do Mar e levava sempre o filho para as atividades embarcadas da FBEM.
Estudou o ginasial no Colégio Militar do Rio de Janeiro e fez o nível superior na Escola Naval onde foi membro fundador do Grêmio de Vela e posteriormente seu CONCA, formando-se Oficial Superior da Marinha do Brasil em 16 de julho de 1943. Dentre várias funções desempenhadas na Marinha do Brasil dirigiu a Vila de Praças em Natal e foi Comandante de um dos Navios Brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial, transportando a força expedicionária Brasileira.
Nos anos 50 foi Comodoro do Jurujuba Iate Clube em Niterói, organizando o clube, e trouxe o 7º Grupo Escoteiro do Mar Benevenuto Cellini para ter sua sede própria nas suas dependências. Em 15 de julho de 1962 fundou o 123ºGrupo Escoteiro do Mar Almirante Saldanha, no Departamento Náutico do Clube Naval Piraquê, quando era o Comodoro do clube, ficando ligado ao grupo até os dias de hoje. Durante os anos de 1962 e 1963 comandou o Centro de Instrução Alte Marques de Leão (o Camaleão), ocasião em que fundou seu núcleo de combate a incêndio após ter feito curso específico nos Estados Unidos.
Foi Presidente da Região Escoteira do Rio de Janeiro a pedido do Velho Lobo (Alte Benjamin Sodré) na década de 70 e diretor do Loyd Brasileiro de 1970 a 1984, com especialização no Japão. Nas décadas de 80, 90 e 2000 presidiu o CCME (Centro Cultural do Movimento Escoteiro) por 20 (vinte) anos, tendo o conduzido para uma sede digna da sua importância em espaço da Marinha do Brasil.
Desde meados dos anos 90, até 2015, foi o Coordenador Nacional dos Escoteiros do Mar (CONAMAR) apoiando e organizando ajuris nacionais dos Escoteiros do Mar e ajuris regionais do Rio de Janeiro, lutando pela manutenção das tradições do escotismo do mar brasileiro e mantendo seu vínculo com a Marinha do Brasil. Organizou a figura jurídica do Instituto Rumo ao Mar, que vinha desde o começo da década de 80 como um projeto da coordenação do escotismo do mar, para angariar e reformar embarcações para os grupos de escoteiros do mar de todo o país.
Na Marinha, recebeu a Medalha do Mérito Naval de Guerra 3 estrelas, a Medalha da Força Naval do Nordeste, a Ordem do Mérito Naval e a Medalha de Serviço Militar por Trinta anos. No Escotismo foi agraciado com a Medalha de Bons Serviços Ouro, as Comendas da Cruz de São Jorge, a Medalha Tiradentes e o Tapir de Prata. Recebeu do município de Niterói, onde residia há muitos anos, a Ordem do Mérito Araribóia. Em 2015, o 123ºGEMAR Alte Saldanha, seu grupo escoteiro, o homenageou dando seu nome ao novo barco recebido em doação da DASM.
Faleceu na manhã deste dia 27 de janeiro de 2017, deixando sua amada esposa Ilma Terra Borba, filhos, muitos netos, bisnetos e admiradores. Um homem muito respeitado na Marinha do Brasil e no Movimento Escoteiro.
O sepultamento ocorrerá em Niterói, no próximo sábado.
Foto: Em 2012, Carlos Borba abrindo a festa pelas comemorações dos 50 anos do 123ºGEMAR Alte Saldanha.
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